quarta-feira, 11 de junho de 2008

Verão de 2008



Foi no verão de 2008 que vi as flores desabrocharem como na primavera, senti a brisa seca do outono, procurei me esquentar como no inverno e me refresquei de todas as maneiras possíveis e impossíveis, pois era verão.

Foi no verão de 2008 que descobri que a complexidade da vida não é nada complexa, porque é necessário somente amar para viver. Quando tentei apreciar outros sentimentos e experiências antes do amor, não tive sucesso, pois pensava que para conseguir qualquer coisa bastava existir, mas o que não havia compreendido era que para existir, é necessário amar.

Foi no verão de 2008 que todos os sinos badalaram em minha humilde mente e simultaneamente meus 5 sentidos se aguçaram e comecei a ver as pessoas e o mundo de uma forma diferente, de uma maneira em que as cores se afloraram, objetos inanimados ganharam vida e eu passei a perceber com mais frequência o sorriso dos outros.

Foi no verão de 2008 que aprendi a lidar com os erros, simplesmente errando e transformando isso em lição para o dia de amanhã. Comecei a planejar não só para um futuro recente, mas para todo o restante da vida, eliminando as desagradáveis surpresas que viriam em consequência de falhas.

Foi no verão de 2008 que conheci uma mulher que me deixou maravilhado, admirado, estupefato. Ela me fez um grande favor: me mostrou a beleza da vida e me obrigou a lutar por meus ideais, minhas promessas, meus objetivos. Ela me causou um grande furor, trazendo à mim uma antiga incógnita: a felicidade verdadeira.

Foi no verão de 2008 que tudo começou a fazer sentido, minha mente se abriu de uma forma inesperada, percebi que o sucesso viria naturalmente, que todos que me querem bem mereciam uma atenção especial e percebi também que eu não poderia ter vivido isso antes, porque tudo só aconteceu pela influência do destino, que me fez passar por diversas provas antes dessa percepção.

Foi no verão de 2008 que o verão chegou ao fim. Terminou fisicamente, pois eternamente vou viver nessa época, onde encontrei a pessoa que me abriu os olhos para o amor, cuidou de mim, me fez sorrir. Essa fase da minha vida só foi tão significante por causa desse detalhe, desse amor que apareceu e não saiu mais.

Foi no verão de 2008 que o destino trouxe a mulher da minha vida, minha alma gêmea, e ao lado dela passarei todos os verões que ainda me restam. O inverno agora é uma estação extinta em meu mundo.


11/06/08 - 04:26

3 comentários:

Marcelo Fabri disse...

Belo texto rapaz! Gosto de gente que se abre assim...pra todo mundo saber. A falta de pudor é uma bênção.
Abração
Marcelo

Alma e Imagem disse...

Oi Casimiro! Olha que xereta eu...
Muito bonito seu texto! Cheio de palavras boas e bons sentimentos..
Palavras leves que trazem este ar do verão que despertou em você.

Beijo
karen

Vivi Peron disse...

Oi Casimiro!
Adoro quem não tem medo de expor o que vai na alma...Texto muito belo.

Bjs!!!